Painel discutiu a importância do saneamento para o desenvolvimento econômico e social e os avanços do setor nos sete estados do Sul e Sudeste na presença de seus respectivos gestores públicos.
O CEO da Aegea, Radamés Casseb, participou na última quinta-feira (2) do painel sobre Saneamento realizado durante o 7° Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (COSUD), no Rio de Janeiro. Também participaram Nicola Miccione, secretário de Estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, Ricardo Lacerda, diretor presidente e sócio fundador da BR Partners, e Joíse Dutra, doutora em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O evento foi moderado pelo jornalista Rodolfo Schneider.
Casseb apresentou a Águas do Rio, operação da Aegea no Rio de Janeiro, e falou dos avanços conquistados em pouco mais de um ano de presença da Companhia na capital fluminense, entre eles o crescimento da Tarifa Social, que oferece taxas reduzidas para a população mais vulneráveis. “A ampliação da Tarifa tem grandes resultados sociais, melhorando a qualidade de vida da população local. Hoje, as comunidades cariocas têm uma inadimplência menor nos últimos 180 dias que a Zona Sul da capital”, compartilhou. Para isso, os agentes do programa ‘Vem Com a Gente’ visitaram residências, identificando irregularidades nos sistemas de distribuição de água, realizando reparos e cadastrando as famílias que elegíveis para receber o benefício. Cerca de 118 mil famílias já foram cadastradas na Tarifa Social.
A Águas do Rio é responsável, desde novembro de 2021, pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário em 27 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo 124 bairros da capital, atendendo 10 milhões de pessoas. Apenas no primeiro ano de operação foram mais de R$ 831 milhões investidos, oito mil empregos gerados, sendo mais de 4,5 profissionais contratados nas comunidades e favelas.
O CEO também abordou os principais desafios para a universalização do Saneamento no país, meta estabelecida para os próximos dez anos pelo Marco Legal do setor, e destacou a importância da complementariedade entre os setores público e privado. “Evoluímos muito na cooperação e nas Parcerias Público-Privadas (PPPs). Ainda assim, nós, gestores públicos e privados, temos uma jornada de evolução pela frente”, apontou Casseb.
O secretário de Estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, destacou os resultados ambientais positivos desde os leilões de concessão, como a melhora na balneabilidade das baías do Rio de Janeiro, e a importância social no desenvolvimento econômico local. “O setor gerou empregos de forma expressiva, algo que não teria ocorrido sem a entrada da iniciativa privada”, compartilhou.
O jornalista Rodolfo Schneider, mediador do evento, apontou que a Aegea tem um papel muito importante na recuperação da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. “Recuperar a Baía de Guanabara é devolver o orgulho ao carioca e fluminense; ela é a alma do carioca, liga todo o Estado. A bandeira do Rio de Janeiro conta com um boto, e esse boto representa os botos da Baía”, contou.
Um dos destaques da companhia nos próximos cinco anos é a construção do cinturão de coleta de esgoto nos municípios do entorno da Baía de Guanabara, o que vai proteger e recuperar esse ecossistema. O investimento será de R$ 2,7 bilhões.
Carta dos governadores
No sábado (4), último dia do encontro, os governos membros do COSUD apresentaram a Carta do Rio de Janeiro, documento em que solicitam ao governo federal a revisão de políticas públicas que impactam diretamente os Estados. Na carta, os governadores manifestam a importância do fortalecimento das agências de regulação, defendem o respeito a marcos regulatórios que estão em vigência e destacam que a segurança jurídica é premissa básica para que o Brasil continue a receber investimentos de longo prazo, tão necessários para o desenvolvimento da infraestrutura, principalmente na área de saneamento, cujo marco regulatório prevê a universalização dos serviços até 2033.