Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea, foi o representante da companhia em painel que discutiu formas de ampliar a colaboração entre as agências e os setores público e privado pela proteção e melhor gerenciamento dos recursos hídricos
Na última semana, o presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, esteve em Nova York (EUA) para participar da Conferência Mundial da Água da ONU, um evento exclusivamente dedicado à temática dos recursos hídricos, após 46 anos da última edição. Além de estar presente, juntamente com grandes empresas, governos, ONGs, academia e investidores em várias reuniões ligadas aos desafios do momento, onde crise climática e crise hídrica se combinam, a Aegea foi debatedora no seminário ‘Repensando a Governança da Água no Brasil: foco na crise climática e na agenda de cooperação pela água’.
O side event foi promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil, contou com o apoio da Aegea, e ocorreu em paralelo à Conferência, tendo como objetivo unir líderes empresariais com organizações e setor público para alavancar projetos de resiliência hídrica, gestão eficiente do uso da água, acesso à infraestrutura de saneamento e ações de curto e longo prazos. Neste seminário, o presidente do Instituto Aegea participou do painel “Agenda de cooperação pela água: oportunidades de progresso e soluções transformadoras”, em que foram discutidos o fornecimento de água potável e saneamento, visando a complementariedade entre agências nacionais, setor privado e empresas públicas.
“Acreditamos que encontros assim são importantíssimos para discutirmos e para viabilizarmos projetos transformadores alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da própria ONU, já que reúnem líderes empresariais, de organizações e do setor público. São momentos para partilhar boas práticas, e a Aegea tem várias, bem como aprender com outros atores que também desenvolvem bons projetos”, afirma Édison.
Como líder no setor de saneamento privado no Brasil, a Aegea entende que tem um papel muito importante nesta agenda, sendo responsável em levar água tratada para milhões de brasileiros em 13 estados de norte a sul do país. A companhia está constantemente envolvida nas principais discussões globais sobre água, coordena a Plataforma pela Água e atua como embaixadora do Movimento +Água, iniciativas do Pacto Global da ONU no Brasil para mobilizar empresas e ações pela aceleração da universalização do saneamento e segurança hídrica do Brasil.
As ações realizadas pela Aegea na preservação da água também envolvem os temas de gestão deste recurso por meio de resiliência hídrica, combate a perdas de água e recuperação florestal das bacias hidrográficas nas regiões onde atua. Entre as iniciativas da companhia estão as parcerias com o BNDES no “Programa Floresta Viva”, para reflorestamento de áreas degradadas, com a Climatempo para monitoramento hídrico, e com a WWF-Brasil para restauração e ampliação da resiliência hídrica e conservação do solo de bacias hidrográficas prioritárias na região conhecida como Cabeceiras do Pantanal
A companhia também atua no pilar da Economia Circular com a reutilização de lodos como composto de fertilizantes agrícolas. Um dos exemplos desta atuação é o projeto “Integrando o lodo no conceito de economia circular da unidade Mirante”, desenvolvido na unidade da Aegea em Piracicaba (SP), que foi vencedor do Prêmio ECO 2022. A iniciativa é uma parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP). “Essas iniciativas fazem parte dos pilares ESG da companhia, atuando por um meio ambiente mais saudável. Para uma empresa que entrega água, coleta e trata esgotos, é fundamental promover ações que melhorem quantidade e qualidade das águas, e isso somente ocorre se protegermos nascentes e florestas, aumentarmos a eficiência do uso nos grandes utilizadores e promovermos o uso mais consciente da sociedade”, completou Édison Carlos.
Em seu discurso durante a abertura da Conferência Mundial da Água, António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas, destacou atitudes urgentes para acelerar as mudanças globais nesta agenda relacionada ao ODS 6 – Água Potável e Saneamento, que visa assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento. Entre as soluções citadas estavam investimentos dos governos para garantir o acesso à água à toda a população ao mesmo tempo que preserva estes recursos, a união dos países para a gestão de águas, investimento massivo dos setores público e privado em soluções de água e saneamento e a expansão no financiamento de políticas públicas para desenvolvimento sustentável por parte de bancos mundiais, principalmente em países em situações emergenciais. “Isto é mais do que uma conferência sobre a água. É uma conferência sobre o mundo de hoje visto a partir da perspectiva de seu recurso mais importante”, completou o Secretário Geral da ONU.
O painel “Agenda de cooperação pela água: oportunidades de progresso e soluções transformadoras” ainda contou com participação de André Salcedo, CEO da Sabesp; Verónica Sanchez, Diretora-Presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANA); Luiz Gabriel Todt de Azevedo, Executivo Sênior de Sustentabilidade & ESG da BID (TBC), e moderação de Teresa Vernaglia, da BRK Ambiental.